As mudanças que o governo concordou em fazer na reforma da Previdência Social mantêm os principais objetivos da proposta enviada ao Congresso porque “preservam o ajuste fiscal e beneficiam os mais pobres”, afirmou nesta quinta-feira (6) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Após se reunir nesta quinta com o presidente Michel Temer, o relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Maia (PPS-BA), afirmou que fará alterações em cinco pontos da proposta: regras para trabalhadores rurais; benefícios de prestação continuada; pensões; aposentadoria de professores e policiais; regras de transição para o novo regime previdenciário. Ele disse que as mudanças – cujo teor não revelou – dependem de negociação com deputados.
Segundo o ministro Henrique Meirelles, ao aceitar fazer alterações na proposta, o governo “avançou na construção de um consenso visando a aprovação da reforma da Previdência”.
“O governo propôs ao Congresso uma reforma robusta, capaz de enfrentar os gargalos e as injustiças do atual sistema. O Congresso tem a palavra final quando vota uma proposta de emenda constitucional. A democracia pressupõe diálogo, troca de ideias para chegar a um consenso”, acrescentou o ministro, por meio de nota à imprensa.
Para Meirelles, a reforma da Previdência é necessária, a fim de garantir que todos os aposentados recebam seus benefícios no futuro. “É uma necessidade, não é questão de posição política”, disse o ministro.
Idade mínima não muda
Embora tenha concordado com as alterações a serem propostas pelo relator, o presidente Michel Temer não autorizou que a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres seja reduzida.
Nesta quinta, Temer disse que as mudanças não podem ser consideradaa um “recuo”. Segundo ele, o governo decidiu “prestar obediência” às sugestões apresentadas pelos congressistas. Temer ressaltou que governo federal e Congresso estão trabalhando conjuntamente para modificar as regras previdenciárias.
Fonte: G1