
Em seu primeiro dia de aula em um estande de tiros, o técnico em refrigeração Eder Batista dos Santos, 37 anos, manuseava uma pistola calibre 380. Ele mantinha o olhar fixo na mira e nas orientações. “O manuseio é com o dedo fora do gatilho para evitar qualquer tipo de acidente”, disse a ele o instrutor de armamento e tiro Eugênio Tadeu Neves, professor da Atiro Associação Desportiva. Eder faz parte de um contingente que cresceu após a última eleição presidencial – o número de pessoas que fazem aula de tiro.
A Atiro teve um aumento entre 20% e 25% no número de alunos. “Antes das eleições para presidente, a cada dois meses tinha uma única turma com oito alunos. Hoje, a cada 40 dias temos uma turma com oito a dez alunos”, declarou Eugênio.
O fenômeno não é uma exclusividade de Salvador. Nesta terça-feira (15), a reportagem entrou em contato com cinco clubes de tiro espalhados por toda a Bahia e todos eles apontaram um aumento que chega a 20% desde o fim das eleições presidenciais de 2018 até aqui. Os clubes de tiro consultados estão distribuídos entre Salvador, Jequié, Juazeiro, Lauro de Freitas e Vitória da Conquista.
Presidente e fundador do Clube Baiano de Tiro, escola que existe há pouco mais de dois anos no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, Angelo Matos aponta que enxergou uma crescente no número de alunos em sua escola. O mais procurado no clube é o chamado Curso Básico de Tiro (CTB), que custa R$ 500 e tem 20 horas de duração. Ele é dividido em duas etapas, uma teórica e uma prática, e pode ser concluído de dois a três dias.
Fonte: Correio 24h