O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, criticou o que chama de “lado político” com o qual está sendo interpretada a morte do miliciano Adriano da Nóbrea, em operação no último domingo (9). Em vídeo, Barbosa disse que não há qualquer interesse por parte da pasta em esconder os crimes cometidos pelo ex-policial.
Adriano da Nóbrega é apontado como chefe do Escritório do Crime, grupo de milicianos que controla a comunidade de Rio das Pedras, no Rio de Janeiro. Ele também era suspeito de envolvimento com a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

“Gostaria que respeitasse, sim, o trabalho da nossa polícia e se dignificar do trabalho e honradez dos policiais que foram lá, se colocaram acima do perigo que estavam correndo, para cumprir um mandado judicial e fazer com que essa pessoa fosse levada para o Rio de Janeiro para responder por seus processos”, disse Barbosa, nas imagens divulgadas nesta segunda-feira (10).

O secretário afirmou que irá agir com “absoluta transparência”, já que não há nada a esconder. Na avaliação do titular da SSP-BA, a operação ocorreu dentro da legalidade.

“Não temos nada a esconder. Colocamos a investigação à disposição de quem quer que seja para refutar completamente o aspecto político que estão querendo dar a uma ação típica de polícia”, acrescentou.

Em defesa aos policiais que participaram da operação conjunta com as forças de segurança do Rio de Janeiro, o secretário sugeriu que o desfecho, embora inesperado, é mais positivo do que seria se fosse para lamentar a morte de um “profissional de polícia honrado”. Barbosa disse ainda que o miliciano Adriano da Nóbrega representava perigo para os agentes, porque acumulava diversos homicídios.

Foto: Matheus Morais/ bahia.ba | Fonte: Estela Marques do Bahia.ba

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